Espaço para publicação de artigos do prefeito de Rio Preto pelo PSB, Valdomiro Lopes, no qual se dispõe a informar, explicar, refletir e aprender com seus leitores. Serão abordados os avanços na cidade nas áreas da saúde, educação, transporte, cultura, infraestrutura e mobilidade urbana. Aqui pretende-se falar da vida e do futuro, sempre guiados pelo amor a Rio Preto.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Mobilidade urbana, prioridade e muito trabalho



Mobilidade urbana – o direito do trabalhador de ir e vir, ser transportado pela cidade com conforto, rapidez, segurança e passagens a preços justos. Essa é uma política pública que requer de todo administrador atenção, planejamento e capacidade de gestão.

Transporte ruim e caro, esse foi o motivo deflagrador das manifestações de rua de junho, e sobrou para presidente, governador e prefeito.  Em Rio Preto, nos preocupamos com a mobilidade urbana desde antes da nossa posse como prefeito, em 2009. Diante do caos urbano encontrado, com monopólio de empresa concessionária do transporte público; diante do estado deplorável das ruas, esburacadas e sem recapeamento, principalmente nos bairros mais distantes, alguns há mais de 30 anos; diante de ônibus sem conforto que circulavam sem as obras viárias necessárias. Diante desse quadro, pusemos mãos à obra. Subsidiamos a passagem, sim. Fizemos, em 2011 e em 2012, duas reduções do preço das passagens, e não aumentamos em 2013.

Primeiro, encaramos o problema como uma prioridade. E pensamos no bolso do trabalhador. Fizemos um planejamento de mobilidade sério, com grandes obras viárias, ciclovias, asfaltamento de vicinais, viadutos, novos terminais, ônibus novos etc. E fomos atrás de recursos. Conseguimos, fizemos a primeira parte no nosso primeiro mandato. Agora, com mais recursos, partimos para a segunda parte. Há muito o que fazer para melhorar a mobilidade urbana, e temos de fazer todo dia! E logo vocês terão novidades.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O DIFÍCIL EXERCÍCIO DAS LIBERDADES


Enviamos ao Diário da Região uma nota sobre as agressões que seus profissionais sofreram na terça-feira durante a cobertura da manifestação em Rio Preto. Leiam a íntegra da nota encaminhada ao jornal:

O DIFÍCIL EXERCÍCIO DAS LIBERDADES

Uma transformação está nas ruas. Está por todo o Brasil. Todos nós, de Rio Preto a São Paulo, de Porto Alegre a Manaus, estamos vivendo esses momentos de explosão e vitalidade democrática. Eles se alternam, num pêndulo em que predominam a exposição pacífica, mas firme, das reivindicações, e distorções condenadas pelos próprios manifestantes que foram às ruas para lutar por um Brasil melhor. Governantes, políticos, os três níveis de poder estão sendo contestados, desafiados, cobrados.

Mais saúde, educação de qualidade, transporte digno e mais barato... As reivindicações estavam represadas, foram se acumulando eleição após eleição: a verdade é que se prometeu muito, se fez pouco e se ficou devendo bastante. Não foram apenas jovens que saíram às ruas, embora eles fossem maioria no impulso inicial dos protestos.  E nem os protestos eram dirigidos a partidos especificamente, mas à estrutura de poder administrativo e legislativo que, em última análise, liberam verbas, aprovam projetos e viabilizam e concretizam obras e serviços.

O interessante a ressaltar, no nosso âmbito municipal, é que o deflagrador desses protestos tenha sido o preço do transporte público. Desde 2011, estamos preocupados com isso. Baixamos a passagem duas vezes e este ano já tínhamos antecipado que não aumentaríamos o preço. Seguiríamos subsidiando, como, aliás, propôs a própria presidenta Dilma. E governadores e prefeitos se ocuparam do assunto, enfrentando cada um o seu aumento.

Nossa preocupação social e a sensibilidade de minha equipe de trabalho de que o transporte pesa – e já pesava – muito no bolso do trabalhador conduziram essa decisão, e determinam outras ações nas áreas de obras e serviços, bem como as parcerias apartidárias com o governo federal e o governo estadual.

Recordo rapidamente tudo isso porque quero reconhecer, como já o fiz no meu Facebook, a legitimidade dos protestos que, em Rio Preto, foram conduzidos de forma ordeira, sem vandalismos. Até ontem, terça-feira, quando um pequeno grupo se excedeu no terminal de ônibus, agredindo profissionais de imprensa do Diário da Região, que lá estavam cumprindo a missão de registrar os fatos, fossem eles quais fossem.

Manifesto-me, como prefeito, solidário com o Jornal e seus profissionais, da mesma maneira que repudio atos que ultrapassam os limites da civilidade, que destroem equipamentos públicos e propriedades privadas. Os exemplos, é triste constatar, são muitos pelo Brasil afora. Todos condenáveis. Mas felizmente prevalecem as manifestações democráticas – um exemplo da maturidade dos brasileiros e dos rio-pretenses. E da maioria esmagadora dos nossos jovens.

As liberdades de ir e vir, de manifestação e protestos são não apenas legítimas, mas imprescindíveis. Sagrados e necessários são o direito de discordância e opinião, amparados constitucionalmente. Exercida com equilíbrio, consciência e responsabilidade, a liberdade de imprensa tem e terá sempre meu apoio e nossa palavra e compromisso de defesa. Essa é a minha história de vida, desde os bancos escolares.

Discordância de opinião não se expressa com agressão, com depredação e vandalismo. Diverge-se com a força dos argumentos da luta, não com a violência da força bruta.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Dengue: a luta continua

Embora já estejamos, este ano, enfrentando o soropositivo tipo 4 da dengue – e vivendo a parte final de outra dramática epidemia parecida com a de 2010 –, a verdade é que as pesquisas sobre medicamentos eficazes contra a doença caminham a passos lentos.

E o Brasil inteiro sofre. Centenas de municípios e Rio Preto junto com eles. Fizemos e seguimos fazendo, com seriedade, a nossa parte. Centenas de abnegados e competentes profissionais de saúde estão trabalhando duro nessa luta que nunca parou.

Decretamos emergência quando foi necessário, contratamos excepcionalmente mais profissionais e até hospitais de campanha, fizemos com rigor os testes para comprovar a doença. Demos prioridade ao atendimento rápido e, paralelamente, dia a dia, fomos fazendo, madrugadas adentro, o registro dos casos, seguindo as normas do Ministério da Saúde.

Afirmamos, sem receio de errar que, em municípios do mesmo porte, estamos à frente na atualidade desses registros. Sem retoques ou maquiagem. Repito: profissionais conscientes fazem e refazem exames, para que esses documentos sejam exatos.

Infelizmente, com seu clima quente, nossa cidade favorece a proliferação dos mosquitos contaminados, que agora resistem “hibernando”, colocando seus ovos e incubados, vão reaparecer daqui a dez meses. Mas o perigo permanece!

Para clareza e julgamento dos que acompanham com seriedade o assunto, recapitulamos a nossa luta atual: com o ressurgimento do vírus tipo 4 – após 28 anos – instalou-se a epidemia. Não foi um problema de Rio Preto, ele apareceu em todo o Estado de São Paulo, Minas, Rio, Bahia, Pernambuco, Amazonas, Rondônia e Roraima. Tínhamos conseguido, graças a nossas ininterruptas campanhas de alerta, nebulização, limpeza de terrenos e contratação de novos profissionais, reduzir os 17.500 casos de dengue registrados de janeiro a março de 2010 para 219 casos, em 2011; e para 121 casos, em 2012, no mesmo período: uma redução média de 99%.

Em 2013, até agora, temos 12.988 casos e o registro de 9 mortes. Os números mostram que possivelmente ficaremos bem abaixo dos 24,286 casos de dengue da epidemia daquele ano. Mas não há nada a comemorar com isso. Pelo contrário.

A Prefeitura faz o que está ao seu alcance, e mais fará com a colaboração de todos: equipes de agentes de saúde percorrem as ruas, do centro aos bairros mais distantes, explicando, esclarecendo sobre como encontrar os focos, combate-los e como identificar os sintomas da dengue.

Bem antes da epidemia, mais de 100 mil famílias haviam facilitado o acesso dos agentes de saúde a suas casas, empresários responsáveis haviam feito a limpeza de suas empresas, reservatórios de água e terrenos industriais. Profeissores, ONGs, igrejas, postos de saúde e uma mídia consciente e cidadã se envolveram nessa batalha.

Com o trabalho incansável de mais de 400 agentes, foi possível recolher milhares de criadouros, no centro, bairros e zona rural. Ressalte-se o trabalho das obras antienchente, o recape, limpeza de bueiros, córregos e galerias – que também auxiliam no combate ao mosquito. Infelizmente, tudo isso ainda é insuficiente. É preciso mais atuação, mais iniciativa e mais atenção de cada um de nós: agentes de saúde que, na sequência de seu trabalho, foram às casas dos doentes, constataram que os focos de mosquito estão próximos, apenas a algumas dezenas de metros da casa, quando não dentro das próprias residências.

Ligue, denuncie, informe: o mosquito se reproduz em qualquer vasilha, ralos, pneus, depósitos de materiais diversos, onde haja água acumulada. Jamais se desligue da dengue: o telefone disque-dengue – 0800-7705870 – está à sua disposição, a ligação é gratuita. A doença pode estar onde estiver o seu descuido. Colabore!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

28 loteamentos regularizados: dignidade é isso!

Num momento em que o Brasil inteiro fala de dignidade e direitos sociais, tenho a satisfação de informar que conseguimos a regularização e o registro do 28º loteamento de Rio Preto: a Estância Unitra.

Até cinco anos atrás, milhares de famílias rio-pretenses viviam sem saneamento básico, sem nenhuma infraestrutura, em 108 loteamentos irregulares. A equipe de servidores da Secretaria de Habitação, sob o comando do secretário Renato Góes, trabalhou duro, numa parceria com o governo Geraldo Alckmin. E 10 mil famílias se beneficiaram, hoje têm o registro de seus terrenos, moradias.

São 28 bairros, com propriedades legalizadas, e podem, assim, receber pavimentação, rede de água, esgoto e iluminação. Temos consciência de que há ainda muito trabalho pela frente, o caminho é complexo, demorado, cheio de exigências legais, certidões e documentos. Mas com planejamento, esforço e perseverança, alcançaremos nossa meta.

Nesse ritmo, e com essa política de regularização, temos esperança de que até dezembro chegaremos a 40 loteamos regularizados. É mais qualidade de vida, mais conforto e mais dignidade para o trabalhador e sua família.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Avançar na Saúde

No domingo à noite, a celebração no Santuário de Fátima seguia no clima natural de encontro fraterno, introspecção e fé, quando uma moça passou mal. Como médico, dei as primeiras atenções e providenciei que fosse levada para a UPA Jaguaré. Após a missa, fui ver Diane, ela havia sido atendida e me ligou no dia seguinte. Diane e sua mãe agradeceram a atenção, estavam sensibilizadas pela atenção recebida naquela plantão de domingo.

Após o telefonema, faço uma retrospectiva do esforço dessa competente e dedicada equipe de médicos, enfermeiros, atendentes da Secretaria da Saúde. Penso no quanto avançamos desde que assumimos uma situação caótica na saúde em 2009. Eram 2.131 funcionários. Reforçamos a equipe. Após os concursos que realizamos, temos hoje 2.728 servidores. Entregamos as reformas e ampliações da UPA Vila Toninho, CSE Estoril, UBSF Gonzaga de Campos, SAMU, ARE, UBSF de Engenheiro Schmitt, além das construções da UPA Norte, UPA Jaguaré/João Paulo II, UBSF Jardim Gabriela, UBSF São Deocleciano, UBSF Jardim Simões/Renascer, UBSF Jardim Felicidade/Rio Preto I, UBSF Caic/Cristo Rei e Serviço de Atendimento a Doenças Infecto-contagiosas (SAE).

Lutamos e conseguimos com o Ministério da Saúde as habilitações das UPAs Norte, Jaguaré e Estoril/Tangará (ainda em construção); fizemos o Centro de Atendimento Especializado na Saúde da Mulher, com atendimento diferenciado, e vamos ampliar esses serviços. Estamos finalizando as ampliações das UBS Parque Industrial, Vetorazzo, Solo Sagrado e construção da UBSF Talhado e UPA Estoril/Tangará.

O esforço da Prefeitura nesses quatro anos e meio são visíveis e reconhecidos pela população que testemunha, diariamente nos jornais e televisão, os problemas enfrentados por doentes pelo Brasil afora. Avançamos porque, embora por lei Rio Preto tenha obrigação de investir em saúde até 15% do que se arrecada em impostos municipais, estamos investindo 24% da nossa arrecadação.

A saúde é, sim, um problema grave para os três níveis de governo. Até a década de 1980, a União e os estados arcavam integralmente com a saúde, educação e assistência social. Hoje, essas ações estão descentralizadas. E estados e municípios reivindicam, em todo o Brasil, mais recursos da União. É justo que assim seja, pois 60% da arrecadação de impostos nacionais ficam nas mãos do governo federal, 27% com os estados e apenas 13% são destinados aos municípios.

Damos nossa contribuição pois temos consciência da necessidade de fazer o máximo não apenas pelos rio-pretenses, mas também por todos os que aqui procuram socorro, vindos de municípios da região, de outros Estados e até de países vizinhos. Por isso, repito, não nos restringimos a investir os 15% dos impostos que arrecadamos, o que seria de lei. Por ser a saúde uma prioridade, investimos 24%. Nos últimos quatro anos, nossos investimentos próprios cresceram cerca de R$ 100 milhões em relação a 2008.

Ao invés de destruir, minimizar ou criticar o que fazem (ou deixam de fazer) a União e o Estado, nos unimos num esforço comum para identificar os problemas e necessidades, apresentamos bons projetos e, assim, temos feito jus às verbas disponíveis.


Não falta nada, está tudo perfeito? Claro que não. Temos de seguir trabalhando juntos, colocando essa luta pela saúde acima dos partidos, pelo bem das crianças, jovens, mulheres e trabalhadores de Rio Preto. Política e lealmente, temos o dever de buscar mais recursos e fazer ainda mais por nossa cidade. E assim agimos, não movidos pelo ódio ou pelo espírito eleitoreiro e revanchista, mas com planejamento responsável e trabalho sério.

OBS: texto publicado no Diário da Região em 13/06/2013

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Um povo tricampeão de trabalho

É com muito orgulho que, pela terceira vez, fui a São Paulo receber das mãos do governador um prêmio que recebemos em nome dos micro e pequenos empreendedores rio-pretenses. Trouxe para nossa cidade mais do que um diploma que coroa a dedicação e o esforço de nossos servidores da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômicos e de Negócios de Turismo.

Em 2008, Rio Preto estava em centésimo lugar nessa performance, em empréstimos para empreendedores que recorreram ao Banco do Povo em todo o Estado de São Paulo. Habia 99 cidades na nossa frente. Dinamizamos o atendimento, demos visibilidade às vantagens da operação, interagimos com homens, jovens e mulheres que queriam dinamizar seus negócios. Que traziam projetos e sonhos, vontade de trabalhar e vencer na vida.

Trouxe para Rio Preto, mais uma vez, um troféu que centenas de pequenos e médios trabalhadores ganharam com sua coragem, com sua ousadia, acreditando e construindo, com o próprio esforço, o sustento de suas famílias. Compraram máquinas, consertaram e reformaram equipamentos, investiram em seus negócios, modernizaram, aumentaram a produção de suas pequenas empresas.

Perseguiram seus sonhos, acreditaram nas suas ideias e, de centésimo lugar em 2008, já em 2009 o Banco do Povo do Estado, aqui em Rio Preto, fez empréstimos que somaram 1,4 milhão de reais. Não foi a Prefeitura, não foi o Estado, foram a garra, o esforço e a ousadia de dos nossos micro e pequenos empreendedores que conquistaram esse prêmio, superando cidades com mais de 300 mil habitantes e ficando em primeiro lugar.

Em 2010, novamente outro primeiro lugar, com 1,5 milhão de reais de empréstimos. Em 2011, ficamos em terceiro. E agora, em 2012, vejam bem, superamos Ribeirão Preto e a própria cidade de São Paulo, com 2,7 milhões de reais de empréstimos.

Ao receber o prêmio, lembro do orgulho desses trabalhadores que acreditam no próprio esforço, ganham o pão com o suor do seu rosto e ajudam, além de suas famílias, a nossa cidade de ir para a frente. Ajudam com seu exemplo de luta e mais, com a dignidade da palavra e da assinatura que colocam nos contratos de empréstimo.

Caráter, honra, palavra empenhada e dinheiro devolvido, real a real. Esse é o retrato dos 523 empreendedores que vejo impresso no diploma que tenho a alegria de receber pela terceira vez.

Obrigado governador Geraldo Alckmin. Obrigado servidores da Prefeitura, que estão à frente desse esforço. E parabéns pequenos, humildes e gigantes micro e pequenos empreendedores de Rio Preto.