Espaço para publicação de artigos do prefeito de Rio Preto pelo PSB, Valdomiro Lopes, no qual se dispõe a informar, explicar, refletir e aprender com seus leitores. Serão abordados os avanços na cidade nas áreas da saúde, educação, transporte, cultura, infraestrutura e mobilidade urbana. Aqui pretende-se falar da vida e do futuro, sempre guiados pelo amor a Rio Preto.

Artigos

As mães no centro da nossa atenção 

Todos os anos, com a aproximação do Dia das Mães, é a mesma pergunta que todos se fazem: qual o melhor presente para a melhor mãe do mundo? Somos todos iguais quando se trata de homenagear a mulher que nos deu vida, nos carregou meses em seu ventre , anos em seu colo e uma vida inteira no seu coração.

Como filho, não posso nem quero ser diferente dos outros. A lembrança querida é a mesma, carregada de emoções e recordações inesquecíveis, e o carinho e atenção não foram menores enquanto ela vivia. Mas, como prefeito, desde o início da nossa administração eu e minha equipe antevimos uma maneira de servir todas as mães rio-pretenses, todas as mulheres da nossa cidade, mães, irmãs, filhas, esposas...

Sem nenhuma dúvida, a inauguração, nos próximos dias, do Centro de Atendimento Especializado da Saúde da Mulher (primeiro passo para a implantação do Hospital da Mulher) tem uma simbologia muito forte neste mês de maio que se homenageia as mães. Uma mãe saudável e feliz é o esteio onde todos se apoiam, a família e a sociedade.

Com toda sua admirável capacidade de resistência, perseverança e coragem – qualidades em que muitas vezes supera o homem – a mãe, as mulheres são vulneráveis a doenças e imprevistos específicos que precisam ser prevenidos, diagnosticados e tratados antes de se manifestarem abertamente.

Algumas dessas doenças podem ser fatais e hoje são responsáveis pela maioria das mortes de mulheres em nosso país. São doenças como o câncer de mama e de colo do útero. Entretanto, quando diagnosticadas a tempo, são facilmente tratadas. Para isso, o Centro estará equipado com uma bateria completa de aparelhos para diagnóstico de imagem e outros exames para detectar toda a gama de doenças específicas da mulher.

O Centro de Atendimento Especializado da Saúde da Mulher é uma iniciativa única e ousada da Prefeitura, e envolve investimentos municipais expressivos, não apenas pelos recursos, mas pelo alcance e significado social.

É um projeto que trazemos desde o início do nosso governo, foi detalhadamente planejado, tem a qualidade e o conforto que a mulher rio-pretense merece. E leva, acima de tudo, o nosso respeito e carinho.

É a Prefeitura usando os recursos públicos para levar ajuda e assistência aos que mais precisam do amparo municipal.

Parabéns às mulheres e às mães de Rio Preto!

Este meu artigo foi publicado no jornal Bom Dia, de 13/05/2012.
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Mídia ativa e cidadã

Um exemplo de que a Imprensa e o poder público podem se unir e caminhar juntos em benefício da sociedade é a parceria Prefeitura – TV Tem na luta contra a dengue: a Campanha Cidade Limpa 2012, realizada em 12 de março a 12 de abril, recolheu 3,4 mil toneladas de material descartável, orgânico, recipientes plásticos e objetos que poderiam servir de criadouros do Aedes aegypti – o terrível transmissor da doença.

A operação e parceria, realizadas também nos anos de 2009 e 2010, têm contribuído para combater igualmente o mosquito palha, transmissor da leishmaniose.

A mídia na TV TEM, o alcance de seus telejornais e seu poder de envolvimento da comunidade, além do apoio do jornal BOM DIA, estimulam os servidores municipais, unem a sociedade e criam um movimento decisivo de participação comunitária que se reflete na diminuição de casos de dengue: a redução, em dois anos, foi de 99,34%. Em 2010. Foram registradas 11 mortes. Em 2011, uma. E este ano, uma.

Destaco o esforço das equipes da Secretaria do Meio Ambiente e da Saúde nessa batalha que nunca termina e exige alerta permanente: os ovos do mosquito resistem a longos períodos ao sol, protegidos por lixo, detritos, plásticos, pneus, vasos e, com as chuvas, se transformam em mosquitos e ameaça para todos. Por isso é que a limpeza, durante o ano todo, todo dia, é fundamental.

Aumentamos de 389 para 575 os agentes de saúde, investimos em novos veículos e equipamentos modernos para nebulização. Estamos com o programa Faxina Urbana, implantado em janeiro de 2011, que retirou das ruas e terrenos baldios da cidade cerca de 60 mil toneladas de materiais descartados pela população, perigoso potencial de criação do Aedes. Sempre que possível, temos plantado árvores nesses terrenos – 20 mil mudas.

Nosso objetivo é reduzir cada vez mais os casos de dengue e levar a zero as motes. Para isso, é preciso, além da ação da Prefeitura, que continue a contribuição valiosa da mídia do Grupo de Comunicação TV TEM, das rádios, da imprensa que fiscaliza e denuncia, mas também faz do jornalismo um instrumento de educação e informação pública responsável e solidária, a serviço da vida.

Artigo de minha autoria publicado no jornal Bom Dia em 19/04/2012

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Saúde, medalhas e desafios

É muito bom que nossa cidade apareça bem situada em índices que avaliam o desempenho de saúde municipal. Na verdade, os índices do Ministério da Saúde, exemplificados por meio do IDSUS (ferramenta que avalia o acesso e a qualidade dos serviços de saúde do País), ainda revelam um quadro nacional preocupante: apenas 2% dos brasileiros têm atendimento adequado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os índices são mais que um raio-X, são uma bússola para que, juntos, municípios, governos do Estado e União, possamos avançar.

A Constituição exige que os municípios apliquem 15% do seu orçamento em Saúde. Já aplicamos mais de 25%, priorizando o setor. Conseguimos recursos e resultados com planejamento e gestão de qualidade, que inclusive também foi reconhecida e premiada pelo Ministério da Saúde, por meio do Prêmio InovaSUS. Sem projetos sérios, prestação de contas corretas e administração conseqüente não se conseguem verbas, nem o respeito dos governos do Estado e União. Cumprimos a nossa parte e acima das picuinhas partidárias, temos parcerias respeitosas, que trazem benefícios aos cidadãos.

Já nos primeiros anos de gestão, entregamos nove unidades de saúde, entregamos nove unidades de saúde, entre elas a construção do mini-hospital da Região Norte, reformas e ampliações da UPA Vila Toninho e Centro de Saúde Escola Estoril, além de cinco novos prédios para Unidades Básicas de Saúde da Família. Temos outras 11 unidades em construção, ampliação e reforma, inclusive um novo espaço – o Centro de Atendimento Especializado da Saúde Integral da Mulher, que deverá ser entregue em abril, o qual será responsável por agilizar o diagnóstico de doenças que hoje figuram como as principais causadoras de óbitos entre as mulheres, como, por exemplo, o câncer de mama e colo do útero.

Avançamos com o programa Saúde no Bairro, que, por meio de um ônibus adaptado para exames clínicos e procedimentos odontológicos básicos, leva atendimento médico para regiões distantes de unidades de saúde, como os loteamentos ainda não regularizados. O segundo ônibus, que foi Fo saudoso governador Franco Montoro, o qual compramos e reformamos, já está quase pronto. Vem todo equipado e já tem os profissionais de saúde contratados.

Com essa política de saúde, conseguimos o menor índice de mortalidade infantil em 31 anos de história, 7,3, e estamos em segundo no Estado como município em que o atendimento a bebês é referência, considerando cidades com população acima de 300 mil habitantes. Fomos classificados na etapa estadual para o prêmio Brasil Sorridente, devido à boa qualidade do atendimento odontológico oferecido na cidade e ainda estamos concorrendo na etapa nacional.

Em outra ponta,em um combate sem trégua à dengue, com contratação de quase 200 agentes de saúde a mais, o que totaliza quase 600 agentes nas ruas, aquisição de novos veículos e maquinários, reduzimos drasticamente os casos da doença – 94,5% a menos em 2011 com relação ao mesmo período de 2010. E essa luta tem sido contínua.

Agradeço o trabalho do secretário de saúde Valter Negrelli Júnior e do ex-secretário José Victor Maniglia, hoje diretor do Departamento Regional de Saúde (DRS-XV) e, em nome deles, atribuo a todos os médicos e servidores da Saúde essas conquistas 0 resultado de dedicação, trabalho e competência profissional.

E, vamos, com esforço e humildade, melhorar ainda mais as nossas notas.

Este meu artigo foi publicado no Jornal Diário da Região, em 10/03/2012.
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Mulheres batalhadoras de Rio Preto!

Elas são mulheres, por esta cidade de São José. Mais da metade da população, uma maioria gloriosa, sensível. São mães, filhas, netas, avós, esposas, crianças cheias de energia, moças, sonhadoras...

Acordam de madrugada para atender o filho que chora, levantam cedo, preparam o café, muitas já adiantam o almoço, deixam os pequenas na escola ou na creche... E saem altaneiras para a luta do dia a dia. Cada uma com sua idade e sua beleza.

Tomam ônibus, dirigem carros, pilotam corajosas suas motos... E lá estão elas enfrentando o batente. Com zelo, são manicures, médicas, cabeleireiras, cirurgiãs, professoras, feirantes, jornalistas, cientistas. No escritório, em casas de família, hospitais, repartições públicas, fábricas... lá estão elas, fortes e responsáveis.

Dão aulas, fazem experimentos nos laboratórios, atendem doentes, servem clientes nas lojas, são caixas de supermercados, gerentes, secretárias, diretoras de empresas. Em todas as frentes, na roça, na universidade, na limpeza da cidade, na floricultura, nos consultórios dentários... lá estão elas: nossas mulheres!

Que orgulho! Não deveriam ter apenas um dia, mas o ano inteiro para elas. Enfim, que seja: hoje pensamos nela, na companheira de todas as horas, de todas as dores e alegrias. De todos os nossos amores. Destaco a vereadora Alessandra Trigo, digna representante feminina na Câmara.

Na Prefeitura, cito as companheiras secretárias Mary Britto, Ivani Vaz de Lima, Telma Vieira. Temos mais de 3 mil mulheres atentas, vigilantes, exigentes, batalhadoras. E me permitam homenagear todas elas no nome de uma secretária em particular, a titular dos Direitos e Políticas para a Mulher, Pessoas com Deficiência, Raça e Etnia: Eni Fernandes.

Em 96, Eni, foi a segunda pessoa negra a se eleger vereadora na história de Rio Preto, quebrando um tabu de 102 anos. O primeiro foi um homem, Pedro Amaral, em 1894. Eni entrou o século XXI como a vereadora mais votada, tem uma história de luta pelos direitos, pelas liberdades. Pela dignidade. Não se constrange uma mulher do calibre de Eni, nem se consegue expulsá-la da linha de frente da política. É mulher, e resiste!

Permitam-me, neste olhar feminino, citar as mulheres da minha vida: minha filha, Paula, minha mulher e companheira Eliana, e minha mãe Olga, pela professora que foi mestra da minha vida e dos meus caminhos. Benditas mulheres de Rio Preto!

Este meu artigo foi publicado no jornal Bom Dia, em 08/03/2010


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Um ano como outro qualquer

Todo ano é ano eleitoral. Terminam as eleições municipais e toda a classe política começa a pensar na eleição de governador e presidente, de deputados e senadores. Essa é a dinâmica da democracia em países livres, onde cidadãos escolhem seus representantes para os parlamentos, os governos de municípios, estados e nação.Através do voto, milhões de brasileiros, homens e mulheres cumprem sua missão, exercem sua cidadania. E cabe aos eleitos trabalhar e honrar a confiança dos eleitores e cumprir dignamente seus mandatos. Com a colaboração de uma dedicada equipe de governo, é o que farei até o último dia do meu mandato.

Sob o olhar crítico e vigilante da cidade, temos trabalhado duro e conseguido muitas vitórias. Viajamos dezenas de vezes a Brasília e São Paulo, fortalecemos parcerias de governo, conseguimos recursos expressivos e, de uma receita de um pouco mais de 660 milhões, assumida em janeiro de 2009, chegamos hoje, três anos e um mês depois, a 1,1 bilhão!

Numa primeira etapa, planejando direito para fazer bem feito, fizemos projetos executivos detalhados, que resultaram na aprovação de muitos recursos; depois, na fase seguinte, licitamos e começamos a fazer e gerir direito o que precisava ser feito.

Melhoramos serviços, fizemos reformas, e não nos faltou coragem para iniciar várias obras nunca enfrentadas, dadas sua dimensão e complexidade, como as obras antienchentes, o recapeamento de ruas que há mais de década não era feito, a execução de um dos maiores programas habitacionais do Brasil. E o que dizer do desafio de levar infraestrutura e dignidade a vários loteamentos irregulares? E dos Núcleos da Esperança, com seu novo padrão de escolas? E o que dizer também do Novo Calçadão, prometido por tantas administrações?

Ano eleitoral é também ano de trabalho, como qualquer dos quatro anos do mandato de um governante. Não posso - e não vamos - pelo compromisso assumido, deixar de tocar projetos licitados, abrir novas licitações, estruturar novas obras. Mais ciclovias? Faremos sim, também ao longo do rio Preto. Mais viadutos, complexo viário como o da Região Norte? Tocaremos, claro. Abertura, duplicação de ruas, asfaltamento de avenidas? Não tenham dúvida: nossa usina de asfalto vai bombar.

Até o derradeiro dia, com seriedade e cumprindo as normas administrativas, continuaremos sonhando alto, pensando grande e lançando projetos e obras que nossa Rio Preto exige.

*Esse artigo de minha autoria foi publicado no Jornal Bom Dia, em 31/01/2112


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Não tem milagre: é só planejar

Diz-se que no Brasil uma lei nunca falha: entra ano e sai ano, as tarifas municipais não param de aumentar e os serviços não param de piorar. Será? Em Rio Preto, pelo menos, nos últimos 40 anos, as tarifas de ônibus sempre foram reajustadas para cima. Somente na administração passada, entre 2001 e 2007, o preço da passagem subiu de R$ 1,00 para R$ 2,10, num ritmo anual de 13,17%em média, muito acima da inflação do período.

Nesta administração, o reajuste ainda atingiu em média 4,65% ao ano, porque não dispúnhamos do instrumento legal adequado. Porém, neste ano a Prefeitura de Rio Preto reajustou o preço da passagem de ônibus para baixo. Milagre ou a exceção que confirma a regra? Nem uma coisa nem outra. É o resultado de uma combinação complexa, mas facilmente inteligível, de fatores: clareza sobre a missão do poder municipal, independência na formulação das políticas, capacidade de decisão, planejamento técnico, rigor, visão social e equipe competente.

Antes de tudo, o administrador precisa ter claro que sua missão é oferecer os meios de mobilidade urbana a preços acessíveis e economicamente viáveis, com eficiência, pontualidade, segurança e conforto. Com isso claro, a tarifa deve refletir o equilíbrio entre a acessibilidade para o bolso do cidadão e a viabilidade econômica do empreendimento. Portanto, seu preço não pode ficar à mercê de barganhas ou das incertezas das licitações. Por isso, fixamos de antemão a tarifa de referência, mediante estudos técnicos que também levaram em conta fatores de qualidade, como segurança e conforto, garantindo a remuneração dos investimentos necessários, comparativamente a cidades do mesmo porte no Estado.

A concessão foi oferecida em licitação de forma onerosa, dividida em dois lotes, com tarifa pré-fixada pela Prefeitura, e com condições adicionais, como instalação de GPS e câmaras de segurança nos veículos, ônibus com capacidade variada para circular em horários e percursos diversos, linhas bairro a bairro, o que demanda um serviço com melhor qualidade para a população. Como a concessão do segundo lote excluía o vencedor do primeiro, quebramos o monopólio de uma companhia que detinha quase 100% das linhas operando na cidade. Com isso, obtivemos uma receita total de mais de R$ 11 milhões para os cofres municipais.

Esse dinheiro vai nos ajudar a melhorar a qualidade e diminuir o preço da passagem. As tarifas foram reajustadas para baixo e a diferença será paga de acordo com o número de passageiros estimado mensalmente. Isto se tornou possível mediante uma mudança na legislação, proposta por nossa administração, e aprovada pela Câmara, permitindo subsidiarem até 22,5% a passagem de ônibus no município, ou seja, a passagem, a partir da próxima segunda-feira, dia 26 de setembro, cairá de R$ 2,30 para R$ 2,10, redução de 9%.

É um subsídio que vai diretamente para o bolso do passageiro, sem o risco de preços jogados para baixo na licitação, o que acaba gerando insatisfação e pressões poderosas para novos reajustes. É uma medida que vai beneficiar milhares de passageiros que utilizam o sistema de transporte coletivo em Rio Preto.

Com clareza de objetivos, planejamento rigoroso e capricho na execução, é sempre possível melhorar. E tudo isso na contracorrente da inflação.

Artigo de minha autoria publicado no jornal Diário, em 24/o9/2011


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A liberdade de todos nós

Nesta Semana da Pátria, em que comemoramos nossa Independência, lembro com saudades da minha adolescência, quando íamos para as ruas lutar pela volta da democracia, pelo direito de ter voz e voto para voltar a eleger nossos governantes.Nos anos 70, no auge do arbítrio e da censura à imprensa defendíamos nossos ideiais com a energia transformadora de jovens que amavam nosso País. Contra as forças do autoritarismo, arriscamos a própria liberdade para garantir que gerações de jovens que viriam depois pudessem ir às ruas protestar e reivindicar, empunhando não apenas suas bandeiras, mas a justeza e a legitimidade de suas causas.

Recuperamos o direito de votar e ser votados, a liberdade de escolher e assim nos responsabilizarmos pelos legisladores e governantes que elegemos hoje com a força de nosso voto.

Na Constituinte, conquistamos, nos três níveis de administração, mecanismos de acompanhamento, fiscalização e participação popular.

É um processo dinâmico, às vezes naturalmente conflitivo, que deve se pautar pelo diálogo, pela urbanidade e pelo vigor dos nossos argumentos. Temos o direito de perguntar, contestar, protestar, mas devemos também abrir nossos ouvidos para as respostas. Devemos ser rígidos contra os malfeitos, mas nossa consciência não pode ser violentada e nosso coração jamais deve perder a ternura.

O poder não se legitima pela violência, pela deturpação de fatos, pela mentira e pela afronta pessoal. Não agimos assim na nossa família, com nossos filhos, irmãos, parentes, vizinhos, companheiros de trabalho, de estudo, de lazer. E não apenas porque estaríamos violentando a liberdade do outro, mas também porque infringiríamos a lei, as normas jurídicas, o estado de direito pelo qual tanto lutamos para reconquistar.

A liberdade, no sentido de independência, é um valor que devemos preservar e exercitar, seja protestando, reportando a verdade dos fatos, reivindicando, aumentando o volume da nossa voz. A democracia nos autoriza, dentro das normas da civilidade, a dizer publicamente sim e não. Podemos fazer isso sem ódios, sem ressentimentos, sem espírito destrutivo.

Essa civilidade e esse equilíbrio valem também para as redes sociais, nesse estágio da cibercultura que vivemos. A autodisciplina, afinal, nasce do exercício da liberdade. Floresce na racionalidade e honestidade, no compromisso de lealdade com nossos argumentos.

Tenho refletido muito se essa liberdade das redes e a energia dos jovens tivessem sido usadas para mobilizar apenas alguns milhares dos milhões de fãs de Amy Winehouse. Vejo, nessa quimera, os manifestantes na frente da casa dela, com cartazes: "Amy, conte com nossa ajuda", "Amy, fique conosco", "Amy, amamos você!".

A verdade e o amor num cartaz, numa faixa, numa mensagem... e talvez Amy ainda estivesse aqui curtindo a liberdade de cantar junto com todos nós suas geniais mensagens de paz.

Artigo de minha autoria publicado no jornal Diário em 07/09/2011

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Somar para construir

Ulysses Guimarães dizia que em política deve-se "ciscar para dentro", e não para fora. Isso sempre me inspirou em meus 25 anos de vida política. Unir os que estão a favor de melhorar a vida das pessoas, em vez de tratar como inimigo quem não reza pela mesma cartilha. Somar esforços é sempre melhor do que diminuir: este é o lema de um governo de união. Não é possível construir sem somar.

Nem todos pensam assim. Felizmente, é uma minoria que tenta, a todo custo, antecipar o embate eleitoral, mestres que são na destruição dos "inimigos". Claro, a democracia estimula entre adversários o diálogo que enriquece o debate administrativo.

Colaborações nesse sentido serão sempre bem-vindas. Entendemos que os que ciscam para fora, e são sempre do contra, fazem isso apenas para não reconhecer o mérito alheio. Mas os rio-pretenses estão atentos e acompanham o que acontece na cidade.

Em dois anos e seis meses como prefeito não é pouco o que fizemos, e praticamente tudo contou com o efeito multiplicador proporcionado por uma atuação acima das divisões partidárias. Além dos recursos próprios do município, fomos em busca de verbas do governo federal. É o caso dos programas habitacionais que, aliás, contaram também com recursos do governo do Estado, o que nos permitiu ter hoje vários projetos em pleno andamento num total de quase 5 mil moradias para baixa renda. O mais significativo, sem precedentes na história da cidade, é o Residencial Nova Esperança, que envolve em recursos federais e municipais, cerca de R$ 110 milhões. Outro exemplo são os Núcleos da Esperança, que estão mobilizando R$ 80 milhões em recursos do município, para trazer dignidade e melhor qualidade de vida a dezenas de comunidades em loteamentos irregulares.

Nada disso seria possível sem o encontro de boas vontades e de espírito público acima das vaidades individuais. São ministros, secretários, de Estado e parlamentares de diferentes partidos, que encontram, no prefeito, um interlocutor aberto ao diálogo e fiel ao mandato que recebeu do povo e, na equipe do governo municipal, a seriedade e a capacidade técnica para elaborar e executar projetos consistentes. Porque sem seriedade e capacidade executiva e gerencial, não há verba que resolva.

As agências federais são acusadas, muitas vezes injustamente, de não liberar verbas para municípios pelo Brasil afora. Muitos financiamentos federais e estaduais deixam de ser atendidos, ou têm início e as obras acabam suspensas, por erros de projetos e irregularidades na execução. No caso de nossa cidade, ocorre o contrário. Não faltam projetos de grande porte que mereceram financiamento estadual ou federal e que mudarão a face da cidade.

Os onze novos reservatórios programados pelo Semae estão nessa linha de conduta e temos certeza que terão acolhida. Como aconteceu, aliás, com projetos contra as enchentes, que envolvem cerca de R$ 160 milhões do governo federal. São projetos complexos de conceber e que exigem planejamento, seriedade para realizar, espírito aberto para somar e, com isso, poder construir. E também inovar, reformar, dar conforto na assistência médica, qualidade no kit escolar, lazer com ciclovias e ter a fonte luminosa como atração turística.

O grande desafio de governar Rio Preto é olhar para o futuro, não encarar nossa cidade como se cada medida, cada ação, cada construção, cada obra nada mais fosse do que um xerox do que sempre se fez. O desafio é maior, consistem em adotar um estilo de gestão que mudou a forma de ver a cidade e de se relacionar com o povo rio-pretense, com seus representantes e com as diferentes instâncias de poder.

É o desafio de somar para construir a Rio Preto do presente e do futuro.

Artigo de minha autoria publicado no jornal Diário em 07/09/2011


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Orgulho em ser bicampeão

Nossa agência do Banco do Povo foi novamente premiada, pela segunda vez em dois anos, com o primeiro lugar em produtividade, tendo alcançado, em 2010, 475 empréstimos, um total de 1,5 milhão de reais. Além de deixar para trás cidades maiores, entre os municípios com mais de 300 mil habitantes, como Ribeirão e Sorocaba. Rio Preto também liderou o ranking de todas as agências de São Paulo. É um merecido motivo de orgulho para os cinco agentes de crédito de nossa agência - que dividirão o prêmio de 3 mil reais - e também para todos os microempreendedores que formam a carteira de microcrédito do banco, e nós todos rio-pretenses. Para mim, como prefeito, fica um gostinho de prêmio Nobel.

Explico. O microcrédito, o modelo de operação dos bancos do povo em todo o mundo, é uma criação genial do professor de economia do Bangladesh, prêmio Nobel da Paz de 2006, Muhamad Yunus, hoje perseguido pelo regime daquele país. Durante uma aula prática sobre crédito, em que usou o exemplo de um pequeno grupo de fabricantes artesanais de tamboretes de bambu, Yunus percebeu que, embora perfeitamente racional e solvável, aquele micronegócio estava fadado à falência porque a racionalidade do crédito bancário excluía esses pequenos empreendedores do acesso ao crédito.

Indignado, o professor emprestou o dinheiro de seu próprio bolso, recebeu o micro-capital de volta sem qualquer problema, e deu início a uma rede de microcrédito que levou à criação de um banco, o Grameen Bank, que chegou a emprestar mais 2 bilhões de créditos.

Yunus mereceu o prêmio Nobel porque não se contentou em denunciar problema mas foi buscar a solução possível. Já que os micro-empreendedores não tinham acesso ao crédito, em lugar de tentar mudar o sistema de crédito, levou o crédito até eles.

É fácil entender como passamos do 100º lugar em microcréditos concedidos, e fomos para o primeiro lugar em um ano de mandato, com um aumento de quase 95% - de 214 contratos em 2008 para 416 em 2009. Em vez de esperarmos que a montanha viesse até Maomé, isto é, que o próprio interessado rompesse a barreira da falta de informação, da desconfiança e do deslocamento, Maomé foi até a montanha, personificada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Negócios de Turismo, que pôs em campo seus agentes de crédito para divulgar os benefícios da agência, esclarecer as dúvidas da população, e realizar novos empréstimos.

Além disso, nosso plano de ação previa a abertura de uma filial do Banco do Povo, que foi implantada em 2010 na Região Norte, local de maior procura de micro-crédito em nossa cidade. Com isso foi possível, além de manter o primeiro lugar naquele ano, com 475 novos créditos, obter um aumento de 12% sobre a meta já elevada no ano anterior. Hoje, com base nos resultados do primeiro trimestre, mantemos a liderança no ranking estadual, podendo-se estimar um crescimento ainda maior (quase 25%) neste ano. Foi assim que pudemos fazer chegar o microcrédito a mais mulheres empreendedoras (70% dos empréstimos vão para costureiras e sacoleiras) e aos mais jovens (70% dos beneficiários têm entre 24 e 27 anos).

É por isso que pessoas como a costureira Luiza Marques Latanze e Renato Castro Costa, dono de uma sorveteria aos 22 anos, e todos os demais beneficiários, merecem um prêmio pelo espírito empreendedor, pela responsabilidade no cumprimento de seus compromissos e por sua crença no desenvolvimento da cidade, dividindo comigo esse gostinho de prêmio Nobel.

Artigo de minha autoria publicado no jornal Diário em 02/06/2011

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A batalha diária de todos nós

Após 28 anos, reaparece no Brasil o vírus da dengue tipo 4. Surge no Amazonas, Rondônia, Roraima, chega ao Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco. E também a São Paulo: o município Paulo de Faria, a 104 km da nossa cidade, registrou oito casos. E Rio Preto registrou dois casos.

A
ntes, a identificação do tipo de vírus era feita no Instituto Adolfo Lutz, na Capital, e demorava de 30 a 40 dias. Agora, graças a uma parceria que assinamos com a Faculdade de Medicina de Rio Preto, temos a possibilidade de identificar os vírus da dengue em circulação em até 48 horas. Tanto que as vítimas foram tratadas e curadas, sem complicações, nem necessidade de internação. Estão salvas.

As evidências até agora fazem crer que a dengue tipo 4 não foi contraída em nossa cidade. Mas isso não nos permite relaxar nas medidas preventivas, nesse combate sem trégua que agentes de saúde, empresas e principalmente a população travam contra o mosquito transmissor.

Estamos todos participando de uma luta vitoriosa, reconhecida pelo próprio Ministério da Saúde, que monitorou e reconheceu a seriedade dos registros que indicam a redução de casos da doença em nosso município: nos meses de janeiro a março de 2010, foram registrados 17.538 casos; e este ano, no mesmo período, 211. Uma redução de 99%!

Atribuímos esse resultado à colaboração de 160 mil famílias que facilitaram o acesso dos agentes da Faxina D a suas casas e à consciente participação de empresários que seguem fazendo a limpeza de suas empresas, reservatórios de água e terrenos industriais.

Graças à ação cidadã e esclarecedora de professores, ONGs, igrejas, postos de saúde, e ao trabalho incansável de 400 agentes, foi possível recolher 13 mil toneladas de entulho, no centro, bairros e zona rural. Esses agentes também estão participando, com a população e alunos das escolas do município, do plantio de 6 mil mudas nos locais já limpos, para evitar que se acumulem novos entulhos nessas áreas livres do mosquito da dengue.

Ressalte-se o trabalho das obras anti-enchentes, o recape, limpeza de bueiros, córregos e galerias - que também impedem a procriação do mosquito.

E reservo um parágrafo para falar da ação fundamental da mídia, que tomou como ponto de honra o esclarecimento da população abordando o assunto e dedicando espaço generoso na TV, rádio, jornais e sites na internet. Que também não baixem guarda.

Infelizmente, fomos obrigados a multar donos de terrenos, indústrias e empresas que permitem a proliferação do mosquito em suas propriedades. Continuaremos implacáveis, pois a saúde e a vida dos rio-pretenses estão em primeiro lugar.

O telefone do Disque Dengue - 0800-7705870 - está à sua disposição, a ligação é gratuita: ligue, denuncie, informe sobre locais onde há pernilongo. Ele se reproduz praticamente em qualquer ambiente urbano ou rural, em qualquer vasilha, depressão do terreno, falha nos pisos, depósito de materiais diversos, onde haja água acumulada.

Repito o apelo: a dengue precisa ser combatida por todos, todos os dias e todas as horas. Sem a cooperação de todos, sem vigilância permanente em suas próprias casas, na sua vizinhança, nos lugares de trabalho, o que conseguimos com tanto esforço pode perder-se em poucos meses.

Portanto, continuemos a nossa luta.

Artigo de minha autoria foi publicado no jornal Diário em 23/04/2011

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Porquê se orgulhar de Rio Preto

No dia de hoje nós, cidadãos de Rio Preto, temos muitas razões para comemorar: nossa cidade é rica e generosa, é uma cidade bonita por fora e mais ainda por dentro, é um polo de desenvolvimento e de excelência para a região.Administrar uma cidade – particularmente uma cidade que se desenvolve, que se moderniza e que melhora em qualidade - é um grande desafio. O crescimento traz mais riqueza, mas nem sempre a distribui de maneira equilibrada, e às vezes chega a aumentar a distância entre os que têm muito e os que pouco ou nada têm.

É uma razão de orgulho, para mim, o apoio generoso do povo de Rio Preto às iniciativas do nosso governo para diminuir essa distância, que se reflete particularmente no acesso às condições essenciais de vida nas áreas urbanas irregulares. Os Núcleos da Esperança e o maior conjunto habitacional em construção do Estado para os de mais baixa renda (são 2.491 casas), com seus equipamentos públicos essenciais, provocam impacto positivo sobre a qualidade de vida daqueles que correm o risco de resvalar da pobreza para a miséria. É Rio Preto dispondo de seus recursos e daqueles que, com grande empenho, conseguimos atrair, estendendo sua mão generosa para acolher a todos seus cidadãos na dignidade da cidadania.

Que Rio Preto é uma bonita cidade, todos sabemos. Mas não se trata apenas de beleza natural. Nossa cidade também deve sua beleza ao empenho perseverante dos seus cidadãos, que souberam criar um ambiente urbano moderno e confortável sem agredir de modo irrecuperável a natureza. Por isso tenho orgulho em dizer que Rio Preto também é bonita por dentro, porque é movida por um sentimento de carinho que leva seus moradores a investirem em qualidade urbana.

Tenho reiterado que o poder público precisa colocar-se no mesmo nível da cidade e do seu povo, e não se curvar à ideia absurda de que, por ser público um prédio tem que ser feio e um serviço tem que ser medíocre. Na área de saúde, por exemplo - e não por acaso, porque esses serviços públicos têm que fazer jus à excelência de nossa medicina - o ambiente que faz bem aos olhos e traz conforto ao corpo já se vê nas novas UBSs e, no Centro de Atendimento Especializado na Saúde da Mulher, logo se verá com que capricho está sendo construído.

Não é à toa que Rio Preto se tornou um polo de desenvolvimento e uma referência em medicina de qualidade na região. Por ser acolhedora e eficiente, seduz as populações vizinhas que acorrem à cidade para compartilhar a qualidade do nosso comércio e nossas iniciativas de cultura e lazer.

Somos uma referência em medicina de alto nível e em serviços médicos públicos e privados. Isto também reflete o planejamento sério das políticas sociais. Quanto melhor for a qualidade de nossos serviços médicos, melhor a nossa imagem como referência em medicina. Com alguma razão sempre digo que é preciso planejar para fazer direito e, assim, fazer o que tem de ser feito. Isso também é motivo para comemorar a data de hoje participando, como prefeito e cidadão, da permanente construção desta cidade

Artigo de minha autoria foi publicado no jornal Diário em 19/03/2011