No
domingo à noite, a celebração no Santuário de Fátima seguia no clima natural de
encontro fraterno, introspecção e fé, quando uma moça passou mal. Como médico,
dei as primeiras atenções e providenciei que fosse levada para a UPA Jaguaré.
Após a missa, fui ver Diane, ela havia sido atendida e me ligou no dia
seguinte. Diane e sua mãe agradeceram a atenção, estavam sensibilizadas pela
atenção recebida naquela plantão de domingo.
Após
o telefonema, faço uma retrospectiva do esforço dessa competente e dedicada
equipe de médicos, enfermeiros, atendentes da Secretaria da Saúde. Penso no
quanto avançamos desde que assumimos uma situação caótica na saúde em 2009.
Eram 2.131 funcionários. Reforçamos a equipe. Após os concursos que realizamos,
temos hoje 2.728 servidores. Entregamos as reformas e ampliações da UPA Vila
Toninho, CSE Estoril, UBSF Gonzaga de Campos, SAMU, ARE, UBSF de Engenheiro
Schmitt, além das construções da UPA Norte, UPA Jaguaré/João Paulo II, UBSF
Jardim Gabriela, UBSF São Deocleciano, UBSF Jardim Simões/Renascer, UBSF Jardim
Felicidade/Rio Preto I, UBSF Caic/Cristo Rei e Serviço de Atendimento a Doenças
Infecto-contagiosas (SAE).
Lutamos
e conseguimos com o Ministério da Saúde as habilitações das UPAs Norte, Jaguaré
e Estoril/Tangará (ainda em construção); fizemos o Centro de Atendimento
Especializado na Saúde da Mulher, com atendimento diferenciado, e vamos ampliar
esses serviços. Estamos finalizando as ampliações das UBS Parque Industrial,
Vetorazzo, Solo Sagrado e construção da UBSF Talhado e UPA Estoril/Tangará.
O
esforço da Prefeitura nesses quatro anos e meio são visíveis e reconhecidos
pela população que testemunha, diariamente nos jornais e televisão, os
problemas enfrentados por doentes pelo Brasil afora. Avançamos porque, embora por
lei Rio Preto tenha obrigação de investir em saúde até 15% do que se arrecada
em impostos municipais, estamos investindo 24% da nossa arrecadação.
A
saúde é, sim, um problema grave para os três níveis de governo. Até a década de
1980, a União e os estados arcavam integralmente com a saúde, educação e
assistência social. Hoje, essas ações estão descentralizadas. E estados e
municípios reivindicam, em todo o Brasil, mais recursos da União. É justo que
assim seja, pois 60% da arrecadação de impostos nacionais ficam nas mãos do
governo federal, 27% com os estados e apenas 13% são destinados aos municípios.
Damos
nossa contribuição pois temos consciência da necessidade de fazer o máximo não
apenas pelos rio-pretenses, mas também por todos os que aqui procuram socorro,
vindos de municípios da região, de outros Estados e até de países vizinhos. Por
isso, repito, não nos restringimos a investir os 15% dos impostos que
arrecadamos, o que seria de lei. Por ser a saúde uma prioridade, investimos
24%. Nos últimos quatro anos, nossos investimentos próprios cresceram cerca de
R$ 100 milhões em relação a 2008.
Ao
invés de destruir, minimizar ou criticar o que fazem (ou deixam de fazer) a
União e o Estado, nos unimos num esforço comum para identificar os problemas e
necessidades, apresentamos bons projetos e, assim, temos feito jus às verbas
disponíveis.
Não
falta nada, está tudo perfeito? Claro que não. Temos de seguir trabalhando
juntos, colocando essa luta pela saúde acima dos partidos, pelo bem das
crianças, jovens, mulheres e trabalhadores de Rio Preto. Política e lealmente,
temos o dever de buscar mais recursos e fazer ainda mais por nossa cidade. E
assim agimos, não movidos pelo ódio ou pelo espírito eleitoreiro e revanchista,
mas com planejamento responsável e trabalho sério.
OBS: texto publicado no Diário da Região em 13/06/2013
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